quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Too long


Já não sei que lugar é este, muito menos o que é que eu fazia aqui dias e dias sem conta. A minha vida desde à quase dois anos está toda aqui. E há coisas que gostava tanto de apagar, mas não. Apaguei-as da minha cabeça, do meu coração, mas prefiro que estejam registadas para um dia não passar pelo mesmo. Ando tão chateada da vida que já nem me reconheço. Era e até que continuo a ser uma pessoa super positiva, que acreditava nas cenas mais parvas de sempre, e até pessoas. Mas acreditava. Agora não. Acredito em mim e confio em mim. Falar ou desabafar com alguém já não tem quase efeito nenhum, a não ser nos momentos em que estou prestes a rebentar e quando quero falar me desfaço em lágrimas. Só peço ajuda quando estou prestes a ter esses momentos. Se não, sou só eu. O silêncio do meu quarto faz-me bem, e deixa-me tão tranquila. Podia ficar aqui o resto da minha vida, não me importaria. Não faria diferença. Sair de casa para enfrentar hipocrisias, e faltas de respeito, e politiquices de pessoas que ainda têm muito que crescer, para isso fico em casa a ver televisão. Ou agarrada a um livro a ouvir música. Ou então agarrada a um livro da escola. Whatever, tanto me faz. Só preciso de paz. Prefiro que reajustem algumas coisas na minha vida e na vida dos que me são próximos, porque há coisas que não são justas, a vida não é justa. Nunca foi e todos sabemos que vamos sofrer injustiças e coisas que não merecemos o resto da nossa vida, mas por amor de Deus, já chega. Não aguento. Acho que está na hora de se dar algum descanso a algumas pessoas que fazem de tudo para estarem bem, para fazerem tudo certo, e que as coisas corram bem, duma vez por todas. Entretanto, enquanto as coisas não se endireitam eu vou estar aqui pronta para apagar os fogos de vez em quando. E para atenuar as coisas da melhor maneira possível. Mas às vezes eu penso... Sou uma miúda de 17 anos, devia de ficar quieta e as coisas resolviam-se sozinhas. Era não era? Mas não consigo, estou tão habituada a agir quando as coisas descambam. É normal, não me exige qualquer tipo de esforço, simplesmente faço. E não me custa. Só me custa não conseguir curar feridas que só o tempo cura. Só isso. 

sábado, 6 de setembro de 2014

"Final feliz."



"Baby nosso love é diferente
Real street love ninguém entende
És minha babe, girl you know
E tu já sabes bem como sou
Eu volto sempre pra ti
De 0 a 100, é um vaivém, mas acaba sempre bem

Nosso mambo começou torto
E é em ti que encontro conforto
Apesar do teu corpo, é o meu desporto
Finges que não gostas, e eu nem me importo

Nossa química estranha, a gente se empurra e se arranha
Guerra perdida, pois ninguém ganha
No quarto a gente se apanha, te deixo cansada
Dia seguinte, vizinho com cara trancada

Essas tuas leggins, deixam um gajo duro
Veste à vontade miúda, eu não sou inseguro
Ainda sou imaturo, não sabes se há futuro
Mas temos um presente e nele sou teu, juro

E se tu tás mal, eu tiro o pé
Tenho bué'de problemas, uma mulher não é
É só brincadeira, adoro quando sorris
Eu e tu miúda é um final feliz

Ficar sem ti miúda não dá, amor como nosso já não há
Eu te magoei mas também já pedi desculpa
Eu sei que errei mas vou mudar
É dificil mas eu vou-te provar
Eu te magoei mas também já pedi desculpa

No carro a curtir Celso Opp, Gutto, Boss AC e um coxe de RnB
Tua mão na minha perna, queres que eu te mime
Então antes do filme, a gente faz um filme

Puxo-te o cabelo, dedos nessa r***
Desligo o telemóvel, tua amiga chata
Pitamos qualquer coisa, não precisamos de muito
Uns hamburguers, uma pizza, importante é tar junto

Mundo não nos pára, nada nos separa
Digo qualquer coisa pra pôr um sorriso nessa cara
Amas o teu bandido e mostras com orgulho
Então tá decidido, vou assumir o barulho

Se tiveres nessa, canuca eu tou nessa
Um dia de cada vez, sem pressa
E, se pensares em separação,
Apareço nú na tua porta com uma rosa na mão

Ficar sem ti miúda não dá, amor como nosso já não há
Eu te magoei mas também já pedi desculpa
Eu sei que errei mas vou mudar
É dificil mas eu vou-te provar
Eu te magoei mas também já pedi desculpa"

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

"Um dia de cada vez, sem pressa."



"Cada vez mais odeio isto. Cada vez mais te quero esquecer e cada vez menos consigo. Não entendo porquê. Gostava de arrancar o sentimento e pronto. Sempre que dou um passo em frente, alguma coisa me faz dar dois passos atrás. E eu não entendo porquê. Eu nem sei o que é que estou aqui a fazer agora e porque é que estou aqui a escrever isto. Chegou o maldito dia, e eu mais uma vezes, fico triste por não estares a meu lado, e bate uma saudade enorme. Dá vontade de pegar no telemóvel, e te ligar ou de sair de casa e falar tudo o que tenho a falar contigo. Mas, e fazê-lo? Mentira, não agora. Não hoje, não amanhã, não este mês. Talvez um dia o faça. Talvez um dia as pessoas consigam entender que já temos problemas suficientes e não têm que nos meter em mais nenhum. Porque eu não quero perder mais do que já perdi. Se recuperei parte disso, não me façam perder isso também. Nem quando estou bem. Enfim. Estou a escrever tão à toa, só apetece apagar isto e pronto. Mas já é tipo sagrado. Nem sei que mais dizer, as palavras ou não querem sair ou então já estão cansadas de ser ditas. É demasiado tempo apenas. Pudesse eu mudar isto tudo."

domingo, 31 de agosto de 2014

I'll work this out



"Eu digo que não me iludo, que não ganho esperanças, que não me incomoda mas no fundo é mentira. Eu tenho tantas saudades tuas, de nós. Falar contigo melhora sempre o meu dia e a minha boa disposição e já não devia de ser assim. Eu ando aí a achar que sou capaz, que sou rija e que nada me afeta mas no fundo, só me apetece chorar. Estar perto de ti faz-me demasiado bem. E eu não queria nada. Queria já ter ultrapassado como tu o fizeste, e eu tento, juro que tento. Mas ter alguém a gostar de mim? Ter alguém a quem confiar tudo? Ter alguém para estar do meu lado sempre? Mentira, isso é impossível. Não consigo confiar em ninguém, não quero ninguém novo na minha vida porque sei que no fundo essa pessoa não vai ficar, essa pessoa vai acabar por ir embora. Afasto-me e afasto todos. E até me sinto bem assim. Ou então, só me faz mal. No outro dia li uma coisa, que me deixou a pensar imenso. Ter saudade de alguém é saber que a pessoa vai eventualmente voltar. Mas sentir falta de alguém é saber que essa pessoa não volta mas a saudade anda lá na mesma. E isto é tão verdade. Eu tenho saudades tuas, mas sinto muito mais a tua falta. Jurei para mim mesma à uns meses que ia parar com isto, que ia arranjar maneira de continuar sozinha, de encontrar alguém ou até mesmo arranjar maneira de estar realmente bem. Mas eu engano-me muito a mim própria. Sinto tanto a falta de nós. De tudo. Sei lá. Ainda te amo. Tanto. Até demais. E espero que te amem tanto quanto eu. Porque eu já cá ando à um ano. Era capaz de fazer qualquer coisa por ti e juro que não sei como é que um ano depois eu ainda sinto isto assim tão vivo. Se eu não sentisse nada era tudo mais fácil. Mas não consigo mudar o que sinto. Fazer-te rir é das melhores sensações. Estar do teu lado quando precisas pra mim é um privilégio. Saber que contas comigo é tão bom. Não quero perder nada disso só porque sinto isto e aquilo. Faço tanta coisa de errado, mas não quero errar mais nisso. Saber que estás feliz faz-me bem. Mas saber que estás feliz ao lado de outra pessoa que não eu, dói muito mais. Mas não vou pra lado nenhum. Estou aqui, sempre. O resto resolve-se."

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Cold heart



"Eu ia dormir, e senti necessidade de vir aqui. Não sei bem porquê, peguei no pc e sentei-me a olhar para isto, a ver o que iria sair daqui. Às vezes sinto que se falar, vou piorar ou estragar alguma coisa, mas tenho de falar de alguma forma, e não o faço com quase ninguém ou até mesmo ninguém. Não sei se alguém entende ou entenderá como me sinto ou o que me passa pela cabeça. Sinto saudade e tanta falta de algumas coisas. E eu gostava de recuperar algumas delas, mas sei que não vai acontecer. Sinto que devia de melhorar tanta coisa em mim, e que as coisas assim passariam a correr melhor também. Não que a vida me corra mal. Claro que tenho episódios que só gostava de não passar por eles, mas também sei que faz parte. Arrependo-me de muita coisa que disse, que fiz. Mas orgulho-me também de muitas coisas que melhorei na minha atitude e no facto de ter conseguido ter o coração frio para certas situações do dia a dia. Senão, ainda continuava o mesmo caco de há uns meses. E isso não vai voltar a acontecer. Não quero. Não me quero ir mais abaixo, não quero mais chorar. Quero estar bem, ou pelo menos ser capaz de me convencer disso. E no fundo estou bem. Ultimamente têm acontecido coisas boas. Coisas que me deixam a pensar, mas coisas boas. Às vezes sinto que precisava de me sentar com alguém e dizer tudo aquilo que me vai na alma mas depois penso que não consigo, que só vou piorar tudo, lá está. Nada do que eu estou a escrever agora vai tirar algum peso de cima, porque sinto que não estou a transmitir nada do que sinto, e que estou apenas a adiar. Mais uma vez sinto que estou aqui a perder o meu tempo, porque não disse nada. E não sinto que alguém esteja disposto a ouvir-me. E eu não quero pedir a ninguém que o faça, não tenho que o pedir. Gostava de não sentir nada portanto. Seria mais fácil."

terça-feira, 12 de agosto de 2014

"De 0 a 100, é um vaivém, mas acaba sempre bem."



Dois meses depois, aqui estou eu. Aconteceu tanta coisa, que eu nem sei como lidar com tudo. Há tanta coisa que eu às vezes sinto necessidade de dizer, e guardo. E até podem ser coisas simples, mas guardo tudo. As pessoas não entendem, não tentam ver o meu lado e compreender porque é que eu fiz assim, porque é que eu disse assado, ou porque é que eu penso como penso. Não entendem o que sinto. E quando eu quero explicar, não ouvem. É horrível sentir-me sozinha estando rodeada de pessoas que me querem bem, e que fazem de tudo para eu estar bem. Tenho pessoas que são capaz de vir a correr para me socorrer. E eu sinto-me sozinha. Sinto que não consigo fazer nada por mim, e faço sempre pelos outros primeiro. Sempre foi uma coisa que a mim me custou imenso mudar. Há pessoas a dizerem que mudei, que estou mais fria, que não falo tanto, mas não tentam entender. Não sei porquê quando eu entendo toda a gente e quando eu estou do lado de toda a gente, sempre. Dou importância demais. Dou confiança a mais. Perdi pessoas e ganhei outras. E nos últimos tempos, até recuperei algumas. Houve uma que não esperava, mas que ansiava imenso. E adoro isso. Mas, quem é que eu quero enganar? Eles ou a mim própria? Digo mil vezes para mim mesma que estou bem. Digo outras mil vezes ao dia às pessoas que estou sempre bem. E no fundo estou, porque eu não choro, eu não estou triste, eu não desabafo. Eu estou bem disposta e pronta a ajudar, a ouvir. E às vezes sinto que ninguém faz isso por mim. Sinto que hei-de ser sempre a trocada, hei-de ser sempre aquela que foi trocada por outra melhor, hei-de ser sempre aquela que dá demasiada importância e acaba na merda, hei-de ser sempre aquela que ajuda os outros e não recebe nada em troca. E eu pergunto-me: para quê? Para quê? Nada disto faz sentido para mim. Ando a aguentar as lágrimas à meses. Sinto saudades de tanta coisa, sinto que podia ter feito tantas coisas diferentes e agora fiquei sem elas. Mas no fundo, tenho um coração gigante, e no fim, quem sozinha, sou eu. Não os outros. Mas estou sempre bem. Acaba sempre bem.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Night reflections



"Um quarto escuro. Uma janela aberta com uma noite linda e calorenta lá fora. Um telemóvel no silêncio pra não incomodar, nem ter que falar com ninguém. Um computador ligado com uma página em branco, à espera que alguém a preencha com frases que não conseguem ser ditas oralmente. Sente-se uma brisa a entrar pela janela. A noite começa a esfriar. Madrugada e o sono fugiu para o outro lado do mundo, aparentemente. Uma vontade de chorar imensa, mas a coragem ainda maior, juntamente com o orgulho. Uma frieza apodera-se de tudo. E faz com que nada saia cá para fora. Está tudo acumulado no mesmo saco de carne. Coisas boas, coisas más. Pode ser qualquer coisa. Paira uma tristeza imensa neste lugar. Não resta nada, sem ser feridas por sarar. E pior, é haver feridas saradas que alguém as voltou a abrir. Mas nada se passa. Está tudo bem. Vai estar sempre tudo bem. Não interessa o que se sente. O que se pensa. E como se resolver? Não. As coisas resolvem-se. O tempo cura? Não. Nós curamo-nos sozinhos. Cada um sabe de si. Já não se vêm casais apaixonados na rua. Nem amizades que duram, e que sejam verdadeiras. Nada. Vê-se pessoas muito falsas. Tanto com os outros como para elas próprias. Se alguém quer saber? Não. Cada um faz a sua vida. Ah como eu gostava, de conseguir fazer as coisas acertadas. Quem magoa, não tem qualquer tipo de problema em o fazer. Não se preocupam sem ser com o próprio umbigo. Magoam, e depois perguntam se estamos bem, isso sim, é o cúmulo da ironia. No fim, restam as memórias, as recordações, os bons e os maus momentos. Se alguém a salvou? Não, ela salvou-se sozinha. Assim como o faz todos os dias. Pode estar rodeada de amigos fantásticos, mas vai sempre ajudar-se sozinha, para conseguir ajudar todos os que precisam dela. E acham que ela desiste? Não, ela é fria, e pode ser a pior pessoa do mundo. Mas não implora a ajuda de ninguém. Ela tenta, e tenta, e tenta. Mas acaba sempre a chorar, nas noites frias em que mais ninguém se encontra presente. E chorar, chora em último caso. Sente que o mundo está perdido e que mais perdida ela está. Nada disto foi um erro até hoje. Mas serviu para que ela nunca mais fosse a mesma. Serviu para que ela se fechasse tanto."

sexta-feira, 2 de maio de 2014

I'm giving up on you


"I wish I could do that to my life. It would be all so much easier." 

segunda-feira, 7 de abril de 2014

And I miss you.


"Morro de saudades tuas. Morro de saudades de tudo o que nós passamos juntos. Tento não pensar, tento não querer saber, tento com que não signifiques absolutamente nada na minha vida. Mas continuas a ser tudo aquilo que eu sempre quis pra mim, e na minha cabeça, estar contigo é a única coisa que faz sentido. Não me interessa mais nada. Por mais que eu queira, não te esqueço. Posso já não estar um dia inteiro a pensar em ti, mas continuo a estar metade dele a fazê-lo. Fizeste coisas por mim que ninguém fez. Salvaste-me de tanta coisa. Estiveste a meu lado quando mais ninguém esteve. Impedias que me fosse a baixo, impediste que me isolasse, limpaste-me as lágrimas, e fazias-me sorrir. Não sei que mais pensar, não sei que mais fazer. Já pensei tantas vezes em desistir de tudo e não me levantar mais. Levaste tudo aquilo que eu tinha de bom, contigo, e eu sem isso, fico fechada com os meus pensamentos durante horas. Nunca tive uma vida fácil e tu foste o único capaz de me mostrar que a vida não era tão má assim, e que havia esperança e que havia coisas boas em que me poderia apoiar. Foste capaz de coisas que nem eu pensava ser possível. Apesar de tudo, sei que és uma grande pessoa, e sei bem aquilo que tens de bom. Traz essa pessoa de volta. A pessoa que se sentava comigo e falava durante horas sobre o que sentia, e o que queria. Que não tinha problemas em chorar, nem em falar comigo, pois sabia que eu estaria lá pra tudo. E continuo a estar. Fiz uma promessa. A promessa de que não ia a lado nenhum e que estaria sempre disponível quando mais precisasses. Já não quis saber quando estiveste mal, mas quando eu estive muito mal, tu viraste costas. E quando tu não mereceste, eu fiz-te sorrir, e ajudei sempre que pude. Não sei que queres mais de mim. Sei que odeio isto. Esta distância. Passou tanto tempo e eu continuo a querer-te comigo. A querer-te de volta. Continuo a chorar no dia 3 horrores. E continuo a precisar de ti a meu lado. Diz-me que tens saudades minhas como eu tenho saudades tuas. Diz-me que tudo aquilo por que sempre lutamos não desapareceu. Que o que lutamos e batalhamos juntos não foi em vão, e que tudo vai valer a pena no fim. Que todas as bocas e criticas que ouvimos, e que nos tentaram separar não são nada, e que somos mais fortes que tudo isso. Diz que me amas, e que continuo a ser tudo aquilo que sempre quiseste. Ainda não sei como é que desapareceste assim dum dia pra o outro. Continua a ser estranho pra mim. Sinto tanto a tua falta..."

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Passado 1 mês.


Escrevi e apaguei. Escrevi e apaguei. Não sei. Não me sinto bem pelo facto de já ter passado mais um mês que partiste. E de nada ajudar à festa. Quero poder voltar a ser a pessoa bem disposta que sempre fui. Quero voltar a ser a pessoa que ajudava os outros e que nunca precisava da ajuda de ninguém. É horrível quando perdemos uma parte de nós. Ficamos sem saber o que fazer. Mas também só nos cabe a nós mudar isso.

domingo, 2 de março de 2014

Dia 2.


Não vou escrever sobre ti, porque poderia ficar aqui horas como já aconteceu noutras alturas. Já chega. Já está mais que na hora. Já não devias de significar o que quer que fosse pra mim. Mas acho que haverá sempre uma parte de mim a gostar de ti. Não quero que me falem de ti, não quero ouvir o teu nome, não quero saber. Somos politicamente corretos se nos virmos ou se tivermos que falar por algum motivo mas ficamos por aqui.
As pessoas têm uma grande facilidade em virar-nos as costas quando mais precisamos delas. Mas já não devia de ser uma coisa estranha pra mim. Toda a minha vida cresci sozinha e aprendi coisas sozinha. E sinto-me tão bem em saber que passei por situações que a maior parte não iria conseguir aguentar. Muita gente não sabe nem de metade. Mas também já ouvi pessoas a dizerem que só de olharem pra os meus olhos viram o quanto eu já sofri. Não me importa. Significa que não tenho que dizer nada, visto que ter que falar sobre algumas coisas hoje, ia deixar-me completamente devastada. E não preciso de mais momentos assim. Já chega.
Queria tanto sair daqui às vezes. Ir pra outro sítio, e viver coisas novas. Ver coisas e caras novas. Viver num novo ambiente, sem que alguém me conhecesse. Iria ser estranho, mas iria ser bom também, tenho a certeza. Engulo tanto sapo hoje em dia, e quando me chateio, ficam ofendidos. Sinceramente não me importo. Porque se eu sou adaptável a cada um dos feitios das pessoas que estão comigo hoje, porque é que não retribuem e fazem isso comigo? Logo eu, que não tenho um feitio nada difícil.
Hoje posso dizer que estou a desistir de muita coisa, e a deixar muita coisa pra trás. Tenho saudades de muitas coisas e de muitas pessoas, mas nada vai trazer de volta tudo isso. E eu estou a desistir disso. Sempre fiz tudo pra que tudo ficasse bem, pra que não perdesse nada nem ninguém e nunca vejo isso retribuído. Então sim, isso também já chega e também já acabou.
Não me interessa. Não volto atrás, já mostraram que não merecem o meu esforço, nem dedicação. Deixei de ser a pessoa que corre atrás dos outros. 

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Dia 25.


Obrigada pela conversa, pelo pedido de desculpas, e por te mostrares disponível pra quando eu precisar de ti. Sabes que continuarei a teu lado, não importa quando, ou porquê, mas estarei. Sempre estive. Não quero que te esqueças disso. O que sinto por ti nunca ninguém irá sentir também, mas enfim.
Tenho andado tão alterada e revoltada demais. Não sei o que se passa comigo mas acho que vou apenas ignorar e esperar que tudo passe.
Não sei que mais hei-de escrever aqui, ando deprimida pra caraças e não entendo. Tenho muito presente na minha cabeça que nunca mais irei conseguir amar alguém visto que ainda não te consegui esquecer e já passou o tempo que passou. Tenho muitas coisas pra me lembrar de ti e é o que dá cabo de mim, dia após dia. Mesmo que eu não queira, uma parte de ti e do que nós fomos estará sempre presente em mim. 
Continuo com aquela sensação que preciso de ti, e que preciso de falar mas não sei como o fazer. Perco a coragem toda quando olho pra ti ou quando ouço a tua voz.
Não sei que fazer. Sei que a minha vida devia de dar uma volta de 360º e que precisava de uma pessoa nova na minha vida, pronta a gostar de mim, e a ajudar-me a ultrapassar isto tudo. 
Enquanto isso, continuarei a amar-te.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Dia 16.



Sempre foste o meu porto de abrigo. Sempre me ajudaste em tudo o que precisei. Sempre soubeste o que dizer. Como me fazer sentir bem. E a verdade é que preciso de ti, e habituar-me à tua presença nem que seja só por dois minutos, é terrível. Porque quando te vais embora, custa não poder dizer pra voltares pra trás, como eu fazia à uns meses. Ainda te imagino todos os dias comigo, cá em casa. Ainda te ouço a dizer todas as coisas bonitas que dizias pra mim. E ainda ontem estive a relembrar o nosso percurso até agora, e evitei desfazer-me em lágrimas. Sinto a tua falta, sinto exatamente o mesmo e isto mata-me aos poucos. Odeio não conseguir esquecer-te mesmo que faça um esforço enorme. Preciso de falar e sei que só tu é que me vais conseguir ajudar. E por mais que não queiras, precisamos um do outro. Porque só consigo falar contigo e tu comigo, sobre certas coisas. Só sentimos essa segurança um com o outro. E isso, nem tu podes negar. 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Dia 11.


Não me esqueci de ti. Continuas a valer o mesmo pra mim. Continuo a sentir o mesmo. Continuo a ter as mesmas saudades. E não te fechei a porta, nem tão pouco. Não fechei a porta quando se trata de "nós". Posso dizer que está apenas encostada, à espera que aconteça alguma coisa. Não sei do que hei-de estar à espera, mas de ti já não espero muito, porque também não mostras nada. Há dias em que penso se terás saudades, mas depois acordo. Não me imagino com mais ninguém, mas imaginar-te com outra pessoa é o que dói mais. E sei que provavelmente, não tens problemas nenhuns com isso. Pra mim, ainda está tudo um pouco fresco, apesar de já terem passado quase três meses, parece que aconteceu tudo há umas horas. E não são frases feitas, é mesmo o que eu sinto. Ainda vivo os nossos momentos na minha cabeça mil e uma vezes mas não passa disso. De momentos a serem revividos apenas por mim, apenas na minha cabeça, com os meus pensamentos. Mas sinceramente, espero que encontres alguém. Alguém que te faça melhor daquilo que eu fiz, que te ouça, que te apoie, com quem possas desabafar, chorar, rir, amar sem qualquer tipo de problema, de uma maneira ainda melhor da que tiveste comigo. Espero que sejas feliz, e que ninguém ouse partir-te o coração. A dor de te ter perdido, continua aqui, a assombrar-me todos os dias. Mas tento fazer-me de forte. Tento esforçar-me pra que tudo pareça estar bem. No fundo, não está. Mas está. Entendes? Eu sei que não, mas não quero que entendas. Não te preocupaste, nem quiseste saber, não é agora que vais remediar isso. Porque o meu coração já está um caco, eu já estou um farrapo, e ninguém conseguiu ajudar-me. Precisava de ti, há alturas do dia com pequenas situações, que só me apetece chorar e ligar pra ti a pedir ajuda. Mas não posso. Porque lembro-me que a promessa do "vou estar sempre aqui pra ti" se quebrou, já pela segunda vez, apenas por ti. Espero que ela faça tudo que eu não fiz, que ela seja tudo aquilo que eu não fui. Espero que te faça sorrir, e que te faça amá-la tanto ou mais como me amaste a mim. Peço-te que se te arrependeres alguma vez disto tudo, que não me procures, porque eu não sei se confio em ti, e não sei se consegues recuperar isso. Eu deixei de te procurar, porque tenho a certeza que farias o mesmo no meu lugar, mas também porque tu prometeste que o farias, e deixaste de o fazer. E eu sou só uma. Mas peço-te, que se alguma vez quiseres voltar atrás, que não o faças. Porque não suporto a dor de te ver partir de novo, porque quem faz uma, faz duas, e faz três. 

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Dia 9.


"As pessoas deixam de dar sinal de vida e acham-se no direito de poder entrar de novo na tua vida como se fosse nada. Esquecem-se do quanto dói perder alguém. Mas ainda custa mais querer alguém na nossa vida de novo e não conseguir por ter perdido qualquer tipo de confiança que tínhamos nela. São capazes de nos virar as costas quando mais precisamos que estejam do nosso lado. E vão-se embora num estalar de dedos, e se houve alguma vez que falhamos ainda somos nós os culpados. A cabeça humana não faz sentido. Há pessoas que só vêm as coisas duma forma, e é aquela ideia que seguem pra tudo. Não têm uma mente mais aberta, seja sobre o que for. Não entendem ou não querem entender. Não sei, estas coisas fazem-me confusão, como é que há pessoas com as atitudes que têm? É só a mim que me faz impressão? Acham por bem magoar, e depois querer passar um pano e achar que não vai doer mais. As feridas cicatrizam, não desaparecem. E às vezes, nem as feridas mais pequenas cicatrizam mais rapidamente. Porque são as coisas mais pequenas que custam de ouvir, de ler, de passar. E há pessoas que não têm o mínimo cuidado com o que nós sentimos, ou pensamos. Nada. Acham por bem pisar-nos. E depois pedir desculpa como se nada fosse. E nós ainda o permitimos."

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Dia 7.



"Não sei porque vou escrever isto, mas vamos encarar isto como um deslize. Apenas. Não sei porque é que ainda acredito em ti e nas tuas palavras se no fim não cumpres nada daquilo que dizes. Não sei que mais pensar, que mais fazer, pra te tirar da minha vida, da minha cabeça, do meu coração. Sinto-me como estivesse num beco sem saída, e sem a ajuda de ninguém. Há situações no dia-a-dia que pra mim significava o mundo se ainda estivesses a meu lado pra me ajudar a enfrentá-las. Só tu é que o conseguias fazer. A verdade é que a falta que me fazes não se compara à falta que outras pessoas me fazem. É bem maior e nunca pensei que fosse possível tal coisa, mas pelos vistos é. E aquilo a que as pessoas se referem de que,  quando a dor é muita há que eliminá-la de alguma maneira... Eu ainda não arranjei essa maneira, ainda não fui capaz de fazer nada pra superar isto, e já tentei de várias maneiras fazê-lo. Já quis acordar de manhã cedo e sair quando estivessem todos a dormir e não aparecer durante uns tempos, sem dizer nada a ninguém, sem nada. apenas eu, e tu no meu pensamento. Precisava mesmo de desaparecer às vezes, porque sinto que não faço nada de jeito, que não sirvo pra nada, e não sou capaz de falar sobre nada com ninguém. E tu sabias que eu sempre me senti assim, e o quanto era insegura. Precisava tanto de ti aqui, porque eras o único que tentava com que eu pensasse o contrário. Não sei porquê nem como mas solucionavas tudo, nem que fosse só figuradamente, de maneira a que eu me sentisse sempre mil vezes melhor depois de falar contigo. Nunca tive ninguém que me aturasse como tu o  fizeste, que me limpasse as lágrimas como tu fizeste, que me acalmasse como tu o fazias. Aliás, não tinha  ninguém, nem nunca tinha tido alguém que o fizesse. Nunca tive ninguém que lutasse por mim como tu fizeste e não sei se mais alguma vez terei. Não sei se terei mais alguém a ligar-me à toa durante o dia só pra ouvir a minha voz e dizer que me ama. Não sei se terei alguém a quem eu consiga confiar de novo e dar tudo de mim como fiz contigo. Nem sei se serei capaz disso, o que me assusta mais. Sentia-me capaz de tudo contigo a meu lado e ultimamente sinto-me uma pessoa tão fraca. Não sei que mais sentir. Só sei sentir o que sinto por ti, e as saudades que tenho tuas e a falta que me fazes. Ainda não percebo o porquê de tudo ter desaparecido assim quando eu sempre tentei fazer tudo certo, quando eu sempre te tentei fazer feliz. Gostava que reconhecesses mais que ninguém nunca mais te amará da forma que eu amo, nem que faça metade de tudo o que eu fiz. Ninguém te vai ouvir ou aconselhar como eu fiz. Porque só eu sei de certas coisas tuas, e tu minhas. E acho que isso nunca vai mudar. Não sei, mas é uma coisa que sempre tivemos os dois. Espero que nunca te esqueças de tudo o que te disse pra te ajudar, tanto na altura como no futuro, e que ninguém te irá limpar as lágrimas como eu fiz. Não sei. Se fosse um dia normal, terias saído de ao pé de mim à poucos minutos atrás, e terias-me dado um beijo de boa noite porque provavelmente teria adormecido ao teu colo no sofá e só te ias embora quando te certificasses que estava deitada na cama, aconchegada e quentinha. Lembro-me das birras que fazias por quereres ficar a passar a noite comigo, e a minha mãe nunca ter deixado e tu mesmo assim, nunca teres desistido de pedir porque achavas que hoje ela dizia que não mas que amanhã poderia dizer que sim, e que valeria sempre a pena tentar. Amanhã não tens jogo, logo só contaria contigo pra jantar porque irias certamente sair com o teu irmão mas garantias-me que até as 8h chegavas a casa, e que matavas as saudades. Suponho que tenhas jogo no domingo de manhã e que irias querer sair do jogo, almoçar, e vir passar a tarde comigo, jantávamos e íamos pra o sofá até a uma da manhã ver o fator x, enrolados na manta bordô que comprei pra nós que agora é só mais um trapo que anda espalhado no sofá. Sabes há quanto tempo não lhe pego? Desde que partiste. Desde que te foste embora, que as coisas que comprei pra nós, nunca mais foram usadas por mim. Estar aqui sentada lembra-me de ti. Estar neste quarto, nesta casa, nesta rua, nesta zona. Tudo. Todos os sítios onde já fomos. Fui passar a pda a casa da Claudia e foi horrível porque há um mês atrás tinhas lá estado comigo. E estava tudo tão bem. Como é que depois de tudo o que passamos juntos, tu te foste embora assim? Como é que dizes que me odeias? Como? O sentimento que tinhas por mim ficou onde? Chegaste mesmo a sentir? E as promessas, foram só porque sim ou pretendias cumprir? Porque é que mostravas uma coisa e te revelaste outra? Porque é que  mostravas uma coisa e afinal sentes outra completamente diferente? Depois de tudo, como é que te sou tão indiferente? Não fui assim tão importante pra ti como dizias? Não me amavas como dizias? Foi o quê? Eu não sei, não entendo, e já tentei e não entendo. Desculpa por não ter sido aquilo que querias. Tu dizias todos os dias que eu era a mulher que tu querias, que querias ficar comigo, que não me ias deixar nunca, e no entanto, foste capaz de fazer tudo isso, de me deixar. De me virar costas. De não me amar mais, de não cumprir nada do que prometeste. Afinal não sou assim tão boa como dizias. Já não sei se fui eu que falhei, se foste tu, não sei quem falhou. Não sei porque é que tudo acabou. Não sei. A cena é que te amo. Desde o dia 15 de julho que te amo. E desde o dia 3 de Agosto que a minha vida mudou. E mesmo que não queira, nada apaga isso. e acredita que já tentei." 

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Dia 3.


"E depois de todas as promessas, e de tudo o que foi feito e construído pelos dois, assim se foi. Já passaram quase 3 meses que partiste, e às vezes sinto que estou no mesmo buraco, onde acho que nunca vou sair. E engraçado que ainda ontem falei no blog como se tivesse imensa esperança em ultrapassar, e como se estivesse a acreditar em cada palavra que escrevia. Apercebi-me há pouco que dia era. E posso dizer que o meu coração disparou. Não sei que mais dizer, não sei que mais escrever sobre ti, porque sinto que poderia escrever durante horas, e continuaria a ter sempre qualquer coisa pra acrescentar. Posso-te agradecer pelo que fizeste por mim, pelo que me deste, pelo que me proporcionaste. Mas não te garanto que supere tudo isto rápido. Já passaram oito meses que te conheci, e o sentimento continua o mesmo. E isso chateia, e faz com que eu dê um passo pra a frente, e dois pra trás. E nunca mais saio deste circulo vicioso. Estou cansada, esgotada, e não sei que fazer. Sei que nada vale a pena, que tenho de seguir em frente e nunca mais olhar pra trás. Mas pedirem-me pra deixar pra trás isto, com a maior das facilidades, é o mesmo que me dizerem pra deixar um bocado de mim no passado sem me preocupar em querer reavê-lo. Não quero chorar. Não quero importar-me mais. Mas a verdade é que quando isso acontecer, podes ter a certeza que me perdeste pra sempre. Inclusive o meu coração. Mas quem é que eu quero enganar? Preciso de ti, mais que tudo. Mas chega. Continuarei aqui pra o que precisares, mas chega."

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Dia 2.



"Há dias que nunca me devia ter levantado da cama, nem sequer ter aberto o olho. Mas há outros que vale a pena agarrar nas coisas, sair de manhã, voltar à noite e ir dormir. O dia pode parecer enorme, e à noite só dá vontade de chegar e enrolar nas mantas. E as coisas podem parecer bem na altura. Porque se calhar, no interior, estão bem. Mas nem todos os dias são assim. Mas ultimamente, até tenho conseguido estar "bem". E pra mim é uma vitória. Tanto isso, como algumas coisas que tenho aprendido e aplicado todos os dias. Não sei como estás mas pelo que vejo estás muito bem até. E sempre foi isso que quis, portanto, está na hora. Está na hora de deixar de chorar, de deixar de me importar, de deixar de te amar. Será o mais complicado. Ter que me despegar de alguém nunca foi fácil. Mas não é impossível porque durante todo o meu percurso já perdi muita gente, mas também já entraram outras na minha vida que me souberam fazer bem, e fazer rir. Portanto, eu creio que nada é impossível. Que serei capaz de ultrapassar tudo isto. Porque tu não mereces o esforço nem o amor. Nem o quanto eu já sofri e já chorei. Não mereces, e a verdade é que as pessoas não mudam, aprendem. E tu já tiveste mais que tempo suficiente pra aprender, e nada tem acontecido. E não falo de há dois meses pra cá, mas há mais tempo que podias ter aprendido, e revelaste ser uma coisa pra mim que eu nunca pensei. Ainda penso como é que foste capaz. Mas não me importa por um lado. Porque sei que não mereces e que não vai valer a pena eu me importar. É verdade que preciso de ti, mas deixei de te procurar, de te querer por perto, de ser a única a querer. Espero que no dia que te arrependeres, que eu já esteja longe de ti em termos de coração, e que esteja feliz, pra não pensar nem duas vezes. Daqui pra a frente quero ser capaz de superar. E tenho mais que meios possíveis pra o fazer."

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Dia 30.



"Sinto-me um bocado de rastos, como todos os dias, mas agora também fisicamente. Devia de andar a melhorar, e de passar 24h sob 24h bem e não. As horas que passo fora de casa são uma coisa, e dentro de casa são outra. Ainda choro. Ainda dói. Ainda penso. Ainda sinto. Ainda amo. E ainda preciso de ti. Como preciso todos os dias. Não se tem passado nada de grave, mas tu eras um apoio incondicional que me fazia tão bem. E tenho saudades de estar apaixonada e de ser correspondida. Estar apaixonada com a pessoa que queremos mais longe que sei lá o quê, custa imenso. Há tanta coisa que queria dizer, que queria mostrar. E não posso, nem consigo. Tenho tanta coisa guardada, mas não o consigo dizer, nem quero, sinceramente. Não me quero nesse estado, nem quero que ninguém me ature nesse estado. Se tiver que acontecer, que aconteça num dia em que esteja sozinha. Agora sei o que as pessoas se referem à dor psicológica que dói também fisicamente. Porque há dias em que não tenho forças pra me levantar da cama onde me deito todos os dias. E sei que todos os dias que venho ao blog, escrevo sobre a mesma coisa, mas não há nada mais agora que ocupe os meus pensamentos, sem seres tu. Está-se a aproximar o dia 3, e eu não quero levantar-me da cama. Nem tão pouco acordar. Não. Esse dia era o nosso dia. Tu não estás cá. Portanto eu também não quero estar. Sinto que não sou capaz de fazer nada em condições, que não consigo ajudar ninguém e que se conseguir, as pessoas nunca irão dar valor. Tenho neste momento 6 pessoas que sei que posso confiar. Poucos mas bons. Mas faz confusão porque eu não ajudo só 6 pessoas. Precisava de ouvir a tua voz, a dizer que tudo ia passar. Desde 2011 que não sou o que era. Alguém me destruiu muito, à pessoa que eu era. E quando te perdi, entendi isso. E entendi que ninguém me conseguia fazer sentir bem ou melhor, mesmo que tentassem. Não. Ninguém consegue. Nem quero que tentem porque eu não quero simplesmente. Ando numa fase em que saio de casa de sorriso posto, e em casa, guardo-o no bolso pra o dia a seguir. É muito clichê mas é verdade. Não me sinto bem em lado nenhum, nem ao pé de ninguém. Preferia estar sempre sozinha, com as minhas mágoas, tristezas e pensamentos. E que chorasse durante dias. Já que choro todas as noites, mais valia chorar tudo duma vez. É realmente chato, quando damos tudo pelas pessoas e elas acham que têm o direito de nos abandonar sem se preocuparem minimamente como nos vamos sentir a seguir. Há dias em que dá vontade de te procurar, de falar contigo, de te ter por perto. Mas não o faço porque tu também sabes onde me encontrar. E é horrível não poder dizer nada por saber que não mereces, porque cada canto desta casa me faz lembrar de ti e sentir saudade. E cada vez mais acho que as pessoas não merecem nada vindo de nós. A não ser nos casos em que somos retribuídos. Não sei, não ando a falar nada de jeito. Sinto tudo e não sinto nada. Quero fugir apenas, pra longe e não ter que enfrentar nada disto todos os dias. Era tão mais fácil."

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Dia 27.



"Precisava dum abraço teu. Porque só o teu abraço me fazia ficar bem. Me fazia sentir segura. Me fazia sentir amada. E protegida. Fazias com que tudo ficasse bem num piscar de olhos. Gostava de poder dizer que estou bem e que não me faz diferença a tua ausência. Mas faz. Deixaste um vazio enorme, que nada nem ninguém preenche. Não há ninguém igual a ti, nem quero mais ninguém. Quero-te a ti. E não devia querer. És a pessoa que ultimamente me trata pior, me tem um ódio enorme, e que não se preocupa. Mas normalmente, tenho uma queda por pessoas assim. Que posso eu fazer? Sinto a tua falta. Sinto tanto a tua falta. Nem dá pra aguentar. Há dias em que não consigo. Que te quero a todo o instante. Só tu me fazias bem. Só tu eras capaz de me ajudar. Estou sozinha. E tu nem te importas tão pouco. Tornei-me assim tão insignificante? Mas porquê se nunca te falhei? Porque é que insistes em falhar-me se nunca o fiz contigo? Antes sentia que tinha um objetivo. Que tudo isto ia dar em algum lado. Algum lado bom. E no fim, acabou sendo uma história encerrada por ti, triste pra mim e boa pra ti, porque não queres saber do que eu sinto por ti. Nem dás valor."

domingo, 26 de janeiro de 2014

Dia 26.



"Então, não queres saber? Não te importa? Não te faz diferença? Mesmo? É isso que tu sentes? Ou é só aquilo que tu dizes? Se queres saber, já não sei se é orgulho ou realidade da tua parte. Não sei. Não tenho como saber. Sei que, não falar contigo me mata e ao mesmo tepo me faz bem porque estar perto de ti querendo tu estar longe de mim não me faz bem. Se não querem estar connosco, não podemos exigir que queiram estar connosco. Mas a verdade é que a ideia de estar longe de mim sem qualquer tipo de problema se tornou uma realidade muito grande pra ti. Porque antes, não era assim. Não era nada assim. Ainda hoje não sei que se passou e já se passaram dois meses, e eu continuo na mesma. Se te dei tudo, se fiz tudo, se sempre correu tudo bem, o que foi que aconteceu? Estou orgulhosa por dizer que só desisti quando mo pediste pra o fazer, quando me pediste distância. Ainda hoje sei que se houver hipótese luto por ti com tudo o que tenho de novo, mesmo sabendo que não o devo fazer. Mas sei que o faria, sem pensar duas vezes. Não há nada que me faça bem, nada que me puxe pra cima, nada que me faça sentir bem de novo. Quem poderia fazê-lo eras tu, e já nem tu estás aqui. Então, diz-me como é que eu ando pra a frente, quando tudo à minha volta me lembra de ti? Muitos dizem que te arrependes um dia, e que nesse dia estarei noutra. Não sei se será totalmente verdade. Porque não sei se te virás a arrepender, muito menos se eu estarei noutra. Não faço ideia. Sei que me abandonaste, que confiei em ti e que tu me viraste costas sem mais nem menos, sem querer saber de como eu iria ficar. Melhor, preocupaste-te nos primeiros dias, e nada mais. Agora guardas-me esse ódio e rancor que eu não entendo. Nem faz qualquer tipo de sentido visto que eu sei que aquilo que fiz por ti, foi sempre pelo bem. E tu viste isso. Porque é que agora só vês o mal em mim? É que sabes, a rapariga por quem tu supostamente te apaixonaste, continua aqui. Não tanto, porque metade dela foi-se contigo. Mas em parte, está aqui. De alma e coração, de braços abertos. Por um lado não me interesso, por outro ainda choro quando ouço essas palavras que me matam mais um pouco todos os dias. Nem falas comigo, e continuas a magoar-me. Impressionante, não é? Precisava que continuasses a ser a mesma pessoa. Mas cada um sabe de si. Tu fizeste a tua escolha. Eu aceitei. Tal como em todas as outras vezes que estive do lado, te apoiei e te protegi sempre. Fiz sempre tudo como tu querias. Eu apoiei, compreendi, aceitei, amei, falei, limpei as lágrimas que haviam pra limpar, ouvi, fiz tudo por ti. E ainda cá ando, esperando que mudes de ideias, e me conquistes de novo, como fazias todos os dias quando estávamos juntos. Mas nunca desisti, nem nunca te virei as costas. E tu fizeste-o. E tomaste a decisão de ir embora, mesmo assim. E eu nunca te obriguei a mudá-la. Espero que quando eu tomar a minha decisão de ir embora, de não querer mais saber, de não sentir nada, nem mesmo saudade, também compreendas e aceites."

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Dia 24.



Hoje alguém olhou pra mim e disse "sabes, tu acima de tudo, pareces cansada". Acho que disse tudo naquela frase. E no entanto, nada disse. Porque nem a palavra "cansada" descreve a maneira como me sinto agora. Hoje, tive a confirmação, que não tenho ninguém na minha turma que se preocupe comigo. Posso estar sozinha, a chorar, o que seja. Ninguém vem ver o que se passa, o que tenho. Posso estar sozinha que ninguém me vai chamar pra o pé deles. Posso-me ir embora que ninguém dá por isso, nem quer saber. Comprovam o que eu digo todos os dias com pequenas atitudes como hoje. Mas eu já nem me interessa, de tão habituada que estou. Hoje falei com a mãe dele. Tinha saudades dela. Gosto tanto dela, como ela de mim, sempre nos demos bem. E ela própria disse, pra não dizer nada e pra deixar andar, que ele havia de sentir falta, e que se não sentisse, passaria a ser um problema apenas dele. Controlei-me pra não chorar. Falar com a mãe dele traz-me imensas coisas à cabeça, pra juntar às que andam a rodear-me o dia inteiro. Mas gosto tanto de falar com ela. Enfim. Farta de fazer tudo pelos outros e só levar patada, principalmente de pessoas que pensei que nunca me deixariam sozinha. Enfim. Começo a achar que o mal será deles. Até lá deprimo eu sozinha. Como sempre. Estou tão farta de tudo.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Dia 22.



Já não vou ser eu a preocupar-me contigo. Já não vou ser eu a ficar com o coração nas mãos. Também já não vou ser eu a limpar-te as lágrimas, a ouvir-te chorar, nem a ouvir-te quando precisares de desabafar. Já não vou ser eu a ir-te buscar quanto estavas em apuros. 
Sei que nunca tiveste ninguém que faça o que eu fiz e que também nunca hás-de ter alguém que te dê o amor que eu deu, que sempre te protegeu e defendeu contra tudo e todos, mesmo quando estavas errado. Mentaliza-te disso, tal como eu me vou mentalizar que como tu nunca mais terei, nem sei se há melhor. Neste momento não sei nada. E muito sinceramente, nem quero. Habituei-me à ideia de viver no escuro, ao vazio que deixaste e ao vazio em que me tornei. Nada interessa, e estar sozinha é o melhor. Não quero as palavras nem o consolo de ninguém. 
Convenci-me a mim própria que estar sozinha faz com que tudo doa menos, visto que já dói o suficiente, e que há dias em que não dá pra aguentar. Também me convenci que o melhor lugar é o meu quarto, de porta fechada e luz apagada. E de preferência com as músicas que me fazem lembrar de ti. Tenho imensa coisa que me atormenta mas o pior, foram as palavras que saíram da tua boca. E não falo das boas. Falo das más. As que me mandaram abaixo, de maneira, a que ninguém me conseguisse salvar.
Não falamos, mas todos os dias, na minha cabeça, conto-te o meu dia. Precisava de ti a meu lado porque foste o único, durante meses, capaz de me impedir de cair e a dar-me a mão de todas as vezes que foi preciso. Tenho-te a agradecer por muito, é verdade. Mas não só pelo que passamos juntos. Mas sim também, pelas lições que me transmitiste.
Não sei se haverá outro alguém a ser capaz de fazer o que tu fizeste. Não sei se é possível porque quando aconteceu contigo, eu demorei muito tempo a entender que tinhas sido tu a afastar todos os demônios. 
Se tu partiste, eles voltaram todos.
Incomoda-me o facto de já não quereres saber, nem se estou bem, ou se como. És capaz de ter fechado mesmo o teu coração quando se trata de mim. Não sei e prefiro nem saber a tua justificação para algumas atitudes tuas pra comigo, ou acho que morria. Tenho plena consciência que dei o meu melhor. Não sei se poderia ter dado mais porque acho que nem mesmo nós próprios sabemos do que somos capazes e até onde podemos ir por amor. 
Sei que se alguma vez te magoei, que me emendei no minuto a seguir, e acima de tudo, não se voltou a repetir e pedi desculpa.
Queria poder fechar este capítulo da minha vida, mas há sempre qualquer coisa que não deixa. O sentimento continua cá e continua igual. As saudades crescem de dia pra dia e eu queria um buraco pra me esconder e não tenho. Estou cansada de ter que sair de casa todos os dias, com um sorriso, na cara. Ainda pra mais, quando ninguém entende o "teatro", nem se preocupam tão pouco. Já se passaram dois meses, já está mais que na hora. Eu sei. Mas o sentimento que eu tenho por ti revelou ser maior do que aquilo que eu julgava. 
Ugh, eu amo-te. Porra, amo-te mesmo. E diz-me, o que é que eu faço com isso? E com tudo o resto... O que é que eu faço? Há dias em que tenho vontade de te bater à porta só pra te ver e poder falar contigo. E morro de saudades da tua família, da tua mãe, dos putos, dos teus irmãos... Os meus irmãos também têm saudades tuas. A minha mãe adorava-te e tu ajudaste-a muitas vezes como ela fez contigo. O meu pai... Deve ter saudades de me ver bem, mas também sei que no fundo gostava de ti, tal como o meu tio. A minha avó Rosa gostava imenso de ti também. O meu avô Jó continua a achar que estás comigo. A Maggie continua a dizer que vamos casar, porque falavas nisso, a brincar, ao pé dela. Acho que ela ainda apanhou um susto maior que eu, porque deixou de me ver contigo.
Ai não sei. Estou a controlar-me pra não chorar.
São 4 meses da minha vida que eu vou recordar sempre da mesma maneira. Ainda te ouço na minha cabeça 
as vezes, e sonho tanta vez contigo... Não sei controlar nada disto. Sou capaz de falar sobre ti durante horas e não deitar uma lágrima. Mas se me vierem fazer uma simples pergunta como "como estás à cerca dele?" eu desmancho-me ali em lágrimas, e deixo as pessoas aflitas porque nunca se sabe quando vou ser capaz de parar.
Porque é que te foste embora e mandaste tudo pela janela assim? Como é que foste capaz? Já não és quem eu conheci e isso desilude-me porque estavas bem como estavas. Não por estares comigo, mas pela tua pessoa. Não sou só eu que sinto a tua falta, disso tenho a certeza.
Também tenho a certeza que estarei aqui pra ti sempre e pra tudo, como no primeiro dia, apesar de tudo. Mas também não esqueço nada do que aconteceu, e não volto a confiar em ti ou em qualquer outra pessoa como fiz, porque quem saiu pior nisto fui eu.
Mesmo assim, obrigada.
Por tudo.  

Pra sempre, 03.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Dia 21.



"I've been ignoring this big lump in my throat, I shouldn't be crying, tears were for the weak. The days I'm stronger, know what, so I say, that's something missing. Whatever it is, it feels like it's laughing at me, through the glass of a two-sided mirror. Whatever it is, it's just laughing at me, and I just wanna scream. What now? I just can't figure it out. What now? I guess I'll just wait it out. What now? Ooh, what now? I found the one, he changed my life, but was it me that changed? And he just happened to come at the right time, I'm supposed to be in love, but I'm not mugging. Whatever it is, it feels like it's laughing at me, through the glass of a two-sided mirror. Whatever it is, it's just sitting there laughing at me, and I just wanna scream. What now? I just can't figure it out. What now? I guess I'll just wait it out. What now? Please, tell me, what now? There's no one to call ‘cause I'm just playing games with them all. The most where I'm happy, the more that I'm feeling alone. ‘Cause I spent every hour just going through the motions I can't even get the emotions to come out, dry as a bomb, but I just wanna shout. What now? I just can't figure it out. What now? I guess I'll just wait it out. What now? Please, tell me, what now? I don't know where to go, I don't know what to feel, I don't know how to cry, I don't know, ow, ow, why, I don't know where to go, I don't know what to feel, I don't know how to cry, I don't know, ow, ow, why, I don't know where to go, I don't know what to feel, I don't know how to cry, I don't know, ow, ow, why. So what now?"

domingo, 19 de janeiro de 2014

Dia 19.



E assim dois meses se passaram. Tu continuas sem querer saber, sem te importar, e eu continuo à espera que consiga sair deste fundo em que me meteste. Ninguém ajuda, ninguém melhora, ninguém nada. E tudo o que eu fiz por ti, e tudo o que eu disse foi em vão. Não dás valor, não sentes nada. Eu sinto nada. E sinto tudo. Sinto exatamente tudo aquilo que senti em Julho, e em Agosto, e em Setembro, e em Outubro, e em Novembro. Porquê? Porque é que te foste embora quando prometeste ficar? Queria-te odiar e não consigo. Queria estar bem e não consigo. Se estivesses a meu lado sei exatamente o que irias dizer. Mas não estás. E agora?

sábado, 18 de janeiro de 2014

12 dias depois.



E tudo continua na mesma. Tudo continua sem fazer sentido. Sinto-me cansada psicologicamente. Não fisicamente, porque ainda me consigo levantar todas as manhãs e enfrentar o dia com um sorriso. Todos os dias provo que só tenho meia dúzia de pessoas a meu lado, e que essas valem a pena. E que são a razão pra ainda não ter acabado com tudo. Pra ter fugido daqui pra longe, sem olhar pra trás. Ninguém sabe realmente o que sinto e o que me vai na cabeça porque eu evito ao máximo falar nisso. Posso passar um dia inteiro a sorrir e/ou a rir, e animada que ninguém se vai chegar à frente e dizer "pára, não estás bem". Porque ninguém percebe. Já passaram dois meses, e eu continuo no mesmo sítio. Sentada no quarto a olhar pra as paredes. À espera que tu mudes de ideias. À espera que alguma coisa de bom aconteça, e não. Nada. Continua tudo na mesma. Os demónios da minha cabeça continua a atormentar-me todos os dias. Ninguém sabe que eu choro todas as noites, ou que eu penso mil e uma desculpas pra poder ficar em casa de manhã e acabo por ir na mesma pra a rua com um sorriso no rosto. Não há ninguém que me faça sentir como tu fazias. Ninguém me ajuda como tu ajudavas. Só tu sabias fazê-lo duma maneira diferente. Tenho pessoas tão boas a meu lado, e tento dar-lhes tudo e às vezes parece que não consigo e que devia conseguir, que é mais que minha obrigação. Mas eu dei-te tudo. E tu viraste-me as costas. Duas vezes. Quando eu mais precisei que tu ficasses. Precisava de chorar, de mandar tudo cá pra fora, de libertar tudo isto que está guardado à dois meses, e não o consigo fazer. Não queria estar sozinha nesse momento, mas a verdade é que eu já me sinto sozinha. Mesmo estando rodeada de pessoas todos os dias, várias horas por dia. Precisava que alguém estivesse comigo, que me limpasse as lágrimas, me fizesse sentir bem, e me dissesse que ia ficar tudo bem como tu fazias. Mas ninguém o faz. E eu pergunto-me como é que tu queres que eu faça isso? Como é que foste capaz, depois de tudo? Depois de tudo? Estou a tentar não chorar, mas cada vez mais me é dificil esconder isto ou fingir que nada se passa. Por um lado estou-me a cagar, mas por outro ainda estás tão presente. E eu odeio-me por não te conseguir ignorar e/ou esquecer como devia. Devia de ser capaz de fazer o que tu fizeste. Mas não sou. Perdoa-me por isso.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Dia 6.



Tenho uma guerra na minha cabeça, e ninguém dá fim a isto. E eu não consigo falar sobre ela, e assim, nunca ninguém vai saber que ela aconteceu.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Dia 5.



Dia 5. E hoje saí e fui espairecer. Acabei por te encontrar e estar contigo alivia-me tanto o peso que tenho em cima. O peso que sinto no peito. Mas ao mesmo tempo mata-me com os pensamentos. Idk. Tudo isto me dá cabo do sistema nervoso, e tudo isto me magoa a cada dia que passa um pouco mais. A falta que me fazes é horrível e ter-te por perto de novo foi a única coisa que me fez bem nos últimos tempos. Preciso de eliminar tanta coisa da minha cabeça que me faz mal, e não tem só a ver contigo. Tu foste a única coisa que permitiu eu ter andado "bem" 4 meses. Nada mais. Se partiste, tudo voltou. Se tudo voltou, eu fui embora. A pessoa que tu olhavas nos olhos e via que era feliz, já não está cá. Já não está cá a pessoa que tinha força pra aguentar tudo com um sorriso. Desapareceu. Sumiu. Morreu. E agora? Agora, seja o que Deus quiser. 

sábado, 4 de janeiro de 2014

Dia 2, 3, e 4.



Prometi que escrevia aqui todos os dias e já me baldei. Mas já estava à espera e não será nem a primeira nem a última vez. Mas bem. Dia 2, foi um dia completamente normal, passado em casa. Dia 3, ontem, estive com a Dori, uma amiga minha. Tinha imensas saudades dela, e gosto imenso dela. Idk, muitas pessoas a acham esquisita, mas eu não acho. É minha amiga, e esteve lá quando precisei. Farei sempre o mesmo com ela. Dia 4, hoje, passei um dia horrível. Porque estive desde as 19h até às 11h com uns nervos horríveis em cima de mim. Tive que ir ter com ele pra ir buscar uma camisola, uma complicação já resolvida. Mas o facto de ter que sair de casa, e ir ter com ele estava-me a matar. Não sabia o que ia acontecer, o que iria vir dali. Dormi super tarde e dormi ao todo 4h30 porque os nervos não me deixavam descansar a cabeça. Tive horas com um nó no estômago. E no fim, nem a um bom dia tive direito. Dia após dia, deixo de me importar mais um bocado, mas sinto exatamente o mesmo, e se acontecer alguma coisa, ou se sentir saudades, sou capaz de chorar como se o tivesse perdido ontem. Tudo isto ainda está tão vivo em mim, e eu não consigo entender porquê. Gostava de reagir às coisas de outra maneira. Mas não dá. Sou assim. Tento evitar e obrigo-me a fazer as coisas de outra forma, mas é completamente impossível. Mas, apaguei o número dele hoje. Portanto, é uma vitória e podia fazer uma festa. Mas não. Sei que sei o número de cor. E também sei que ele mais cedo ou mais tarde, vai arranjar algum pretexto pra me vir falar. Quero ignorar mas já sei que não o vou fazer. Enfim. Segunda feira começa a escola, e só espero que as coisas na turma estejam mais calma, já estou farta de discussões. Já tenho discussões a mais na minha vida. Já chega. 

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

1.



O caminho agora, é pra frente. É levantar a cabeça, e fazer as 365 oportunidades que aí vêm valer a pena. Mas, no início do ano que passou eu fiz isso. E acabei o ano com a alma despedaçada. Não vivo as coisas por inteiro. Vivo as coisas pela metade, porque metade de mim quer fugir. A outra metade acha que ainda faz sentido cá andar, porque até pode ser que apareça alguma coisa que faça valer a pena o esforço e a dedicação que eu dou as coisas e às pessoas. Principalmente o amor que lhes dou. Gostava tanto de ser mais fria, mas não. Sou um coração mole, sou boazinha pra toda a gente e toda a gente se aproveita e acha que tenho aguentar tudo, obrigatoriamente, porque já aguentei coisas que se calhar ninguém conseguia suportar. Esquecem-se que cada um de nós tem um limite, e eu cheguei muitas vezes a ele, e ninguém quis saber. E tive de sorrir, e dizer que estava tudo bem. Quando na verdade, estava tudo mal. Não queria começar o ano deprimida, mas como já é o meu estado normal, de que serve estar a dizer que estou com grandes expetativas, se essas expetativas nem existem. Mas, há-de correr tudo bem. Tem de correr.