quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

1.



O caminho agora, é pra frente. É levantar a cabeça, e fazer as 365 oportunidades que aí vêm valer a pena. Mas, no início do ano que passou eu fiz isso. E acabei o ano com a alma despedaçada. Não vivo as coisas por inteiro. Vivo as coisas pela metade, porque metade de mim quer fugir. A outra metade acha que ainda faz sentido cá andar, porque até pode ser que apareça alguma coisa que faça valer a pena o esforço e a dedicação que eu dou as coisas e às pessoas. Principalmente o amor que lhes dou. Gostava tanto de ser mais fria, mas não. Sou um coração mole, sou boazinha pra toda a gente e toda a gente se aproveita e acha que tenho aguentar tudo, obrigatoriamente, porque já aguentei coisas que se calhar ninguém conseguia suportar. Esquecem-se que cada um de nós tem um limite, e eu cheguei muitas vezes a ele, e ninguém quis saber. E tive de sorrir, e dizer que estava tudo bem. Quando na verdade, estava tudo mal. Não queria começar o ano deprimida, mas como já é o meu estado normal, de que serve estar a dizer que estou com grandes expetativas, se essas expetativas nem existem. Mas, há-de correr tudo bem. Tem de correr.