domingo, 26 de janeiro de 2014

Dia 26.



"Então, não queres saber? Não te importa? Não te faz diferença? Mesmo? É isso que tu sentes? Ou é só aquilo que tu dizes? Se queres saber, já não sei se é orgulho ou realidade da tua parte. Não sei. Não tenho como saber. Sei que, não falar contigo me mata e ao mesmo tepo me faz bem porque estar perto de ti querendo tu estar longe de mim não me faz bem. Se não querem estar connosco, não podemos exigir que queiram estar connosco. Mas a verdade é que a ideia de estar longe de mim sem qualquer tipo de problema se tornou uma realidade muito grande pra ti. Porque antes, não era assim. Não era nada assim. Ainda hoje não sei que se passou e já se passaram dois meses, e eu continuo na mesma. Se te dei tudo, se fiz tudo, se sempre correu tudo bem, o que foi que aconteceu? Estou orgulhosa por dizer que só desisti quando mo pediste pra o fazer, quando me pediste distância. Ainda hoje sei que se houver hipótese luto por ti com tudo o que tenho de novo, mesmo sabendo que não o devo fazer. Mas sei que o faria, sem pensar duas vezes. Não há nada que me faça bem, nada que me puxe pra cima, nada que me faça sentir bem de novo. Quem poderia fazê-lo eras tu, e já nem tu estás aqui. Então, diz-me como é que eu ando pra a frente, quando tudo à minha volta me lembra de ti? Muitos dizem que te arrependes um dia, e que nesse dia estarei noutra. Não sei se será totalmente verdade. Porque não sei se te virás a arrepender, muito menos se eu estarei noutra. Não faço ideia. Sei que me abandonaste, que confiei em ti e que tu me viraste costas sem mais nem menos, sem querer saber de como eu iria ficar. Melhor, preocupaste-te nos primeiros dias, e nada mais. Agora guardas-me esse ódio e rancor que eu não entendo. Nem faz qualquer tipo de sentido visto que eu sei que aquilo que fiz por ti, foi sempre pelo bem. E tu viste isso. Porque é que agora só vês o mal em mim? É que sabes, a rapariga por quem tu supostamente te apaixonaste, continua aqui. Não tanto, porque metade dela foi-se contigo. Mas em parte, está aqui. De alma e coração, de braços abertos. Por um lado não me interesso, por outro ainda choro quando ouço essas palavras que me matam mais um pouco todos os dias. Nem falas comigo, e continuas a magoar-me. Impressionante, não é? Precisava que continuasses a ser a mesma pessoa. Mas cada um sabe de si. Tu fizeste a tua escolha. Eu aceitei. Tal como em todas as outras vezes que estive do lado, te apoiei e te protegi sempre. Fiz sempre tudo como tu querias. Eu apoiei, compreendi, aceitei, amei, falei, limpei as lágrimas que haviam pra limpar, ouvi, fiz tudo por ti. E ainda cá ando, esperando que mudes de ideias, e me conquistes de novo, como fazias todos os dias quando estávamos juntos. Mas nunca desisti, nem nunca te virei as costas. E tu fizeste-o. E tomaste a decisão de ir embora, mesmo assim. E eu nunca te obriguei a mudá-la. Espero que quando eu tomar a minha decisão de ir embora, de não querer mais saber, de não sentir nada, nem mesmo saudade, também compreendas e aceites."