terça-feira, 21 de maio de 2013

Dia 4



Terça-feira, mais um dia de aulas. Já não tenho paciência pra as storas, sou sincera. Não consigo estar 100% atenta. Mas pronto. Tive 3 horas de hora de almoço porque a stora de geografia decidiu faltar, o que é bom, claro! Depois tive física, e estou com dores de corpo. Não fui ao treino, não valia a pena. Falei contigo hoje, e não me senti nem bem nem mal, o que é estranho porque pensei que fosse estranho. Isto foi estranho agora, já não estou a falar nada de jeito. Já sei onde te encontras, apesar de longe, estás perto. É bom, acho... Espero que estejas bem. Hoje chorei. Pelo menos mais que ontem, mas sem que ninguém soubesse. Por mais que tente, só consigo estar bem perto de pessoas chegadas, porque não quero maçar ninguém. E pronto, lá estou eu de novo. Estive com o Pedro hoje também, e foi bom. Ele tinha saudades minhas. É um estúpido, mas um bom amigo, gosto dele. Mas a pessoa que eu precisava que me animasse, também não está bem, o que dificulta tudo. Mas ponho as minhas coisas de lado pra tentar animar. Estou cansada e tenho sono. Quero ir dormir, mas não quero ter que passar por aquela fase do 'vou-me deitar, ponho-me a pensar e a relembrar e acabo a chorar'. Odeio. Não quero. Recuso-me.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Dia 3



Hoje é segunda-feira, portanto, dia de aulas. Tive teste de história, passei o dia de ontem e a manhã de hoje a estudar. Correu bem até. Esqueci-me de mandar mensagem ao almoço, porra! Foi sem querer, mas com tanta coisa, esqueci-me. Nem é por mal. Felizmente durante o dia consigo estar bem e distrair-me um pouco. Hoje ainda considerei falar contigo, mas não, porque ainda não sei que dizer. Sei que me apetece chorar agora, e muito. Mas também não o irei fazer. Quero ultrapassar isto, nem que seja sozinha. Quero que saibas, que nada muda o que sinto. Continuas a ter o mesmo valor para mim, és o que és. Mas também nada apaga a desilusão, infelizmente. Gostava de conseguir esquecer tudo. Mas também não consigo. Um dia talvez. Mas não acredito. Foi com isso que cresci e sou o que sou hoje. Dizem para não deixar que isso me defina, mas acho que já me define e bastante. Mas acho que estou a mudar a minha maneira de ser e estar com os outros. Não espero que entendam, mas também pouco me interessa o que pensam. Sou eu que mudo, não são eles. 

domingo, 19 de maio de 2013

Dia 2


Mais um dia sem te ver. Sem te ouvir. Hoje estive cerca de duas horas pra me levantar da cama, porque não havia forças de novo. Esperava que fosse diferente, mas não. Não chorei tanto hoje, não me vieste tantas vezes à cabeça. Mas doeu da mesma maneira, como se tivesses passado o dia na minha cabeça. Hoje a mana não perguntou tantas vezes por ti. E o mano ao final do dia ganhou coragem pra te ligar. Mais uma vez recusei-me a falar contigo. Espero que entendas que ainda é cedo pra tal. Senão entenderes, temos pena. Eu sempre te entendi, e sempre perdoei tudo o que fizeste.

sábado, 18 de maio de 2013

Dia 1


Não foi fácil. Cada vez mais te sinto mais longe. Mas também sei que sou culpada disso, fui eu que te mandei embora do meu mundo. Acordei imensas vezes durante a noite com vontade de chorar, mas pensei que ir-me abaixo durante o dia já bastava. Portanto liguei a música do telemóvel, pus os fones, e adormeci. Por 4/5 vezes acordei, por ter sonhado contigo. Levantava-me e andava por aí. Mas, deixei estar, e voltava sempre pra cama. Adormecia com o som da música, visto que é a única coisa que me acalma. Quando finalmente chegou a hora de acordar de manhã e de me levantar, lavar a cara e vestir, não senti nada. Não tinha forças. Queria voltar a dormir, e a esquecer. A mãe abraçou-me. Quis chorar, mas resisti. Fui obrigada a mandar-te duas mensagens hoje, quando de manhã me recusei a falar contigo por telefone, irónico no mínimo. Espero que tenhas noção do quanto tudo isto me está a custar. Mas acho que não tens. Sinto que a qualquer momento me posso quebrar, que posso cair e não me levantar mais. E tu, mais uma vez, és a causa disso.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Não sei o que pensar. Apetece-me acabar com tudo. Apetece-me desaparecer por completo, porque sei que não faria falta a ninguém. Quero estar longe de tudo e todos. Fui mais uma vezes iludida. Mais uma vez pensei que mudasses. Que tudo fosse melhorar, e tu deixaste-me acreditar nessa tua mentira, que às vezes parece planeada. No momento em que tudo está bem, tu empurras-me pra baixo, e não és capaz de me socorrer. Devias ser o meu herói, porém, não és nem nada que se pareça a isso. Já não sei que pensar mais. Queria-te fora da minha vida, e estou prestes a consegui-lo. Mas tenho uma raiva enorme dentro de mim. Estou demasiado desiludida pra lidar com a raiva, portanto, estou com a cabeça a mil, e não sei que fazer. Não te quero perdoar, nem sei se algum dia o farei. Porque é que tiveste de estragar tudo? Porque é que quando eu te dou mais uma oportunidade tu a deitas pela janela fora? Porque é que me fazes ter medo de ti? Porque é que me fazes não conseguir confiar em ti? Não conseguir falar contigo? Não conseguir olhar pra ti? Porque é que não fizeste com que as coisas resultassem? Porque é que te foste embora de novo? Porque é que me obrigas mais uma vez a deixar-te pra trás? Porque é que me obrigas a pôr-te fora da minha vida de novo? Porque é que não fazes um esforço pra seres aquilo que deves de ser, mas perto de mim? Porque é que não fazes com que tudo resulte, com que tudo fique bem? Porque é que eu vou ter que dizer a uma criança de 5 anos que o pai já não vem pra casa todos os dias connosco mas que ela quando quiser pode ir vê-lo a outra casa? Porque é que eu vou ter que dizer a um pré-adolescente de 13 anos pra não te odiar e pra estar contigo pelo menos todas as semanas? Ai, que raiva! Odeio isto. Odeio a maneira como cresci. Eu sou o que sou devido a tudo o que passei e a tudo o que vi, e odeio que tenha sido da maneira que foi. Estou cansada. Estou desgastada. Não durmo, não como. Não nada. Acordo com vontade de dormir durante dias. Deito-me com vontade de não acordar mais ou então de acordar e de nunca nada ter acontecido. A toda a hora estou a pensar onde estás, como estás, como vais estar quando chegares a casa. Agora que estás longe, vou pensar se estás bem, se te estares a dar bem sozinho mais uma vez, se não precisas de companhia, se não precisas de alguém contigo. Se comes, se bebes, se dormes, se tens trabalho. Dói-me a cabeça de ter chorado durante 2 horas seguidas. Não quero chorar mais, mas as lágrimas caem-me pelo rosto sem que eu dê por isso. Não quero chatear ninguém com isto, porque sinto que ninguém vai entender. Quero um abraço forte, quero que alguém me faça sentir que está aqui, que está presente, que não me vai deixar. Que está aqui pra me secar as lágrimas enquanto tu não o fazes. Tudo isto pra algumas pessoas não é nada. E quero acreditar que há alguém no mundo pior que eu. Mas não, não da maneira que eu me sinto. Já nada tem cor, já nada me faz sorrir, já não quero saber de nada nem ninguém. Quero apenas que todos aqueles que gosto sejam felizes porque o merecem e que se lembrem de mim e de tudo o que fiz por eles. Mas só isso. Agora o que eu quero é dormir. Dormir durante dias, semanas. Não quero acordar. Não quero ter que acordar todas as manhãs e pensar que mais uma vez não estás presente porque não foste capaz de cumprir a tua promessa. Não quero ter que explicar o que aconteceu a alguém porque não sou capaz. Não tenho forças pra falar sequer. Já ando muito calada, agora então pior vai ser. Já ando sempre a chorar, nem quero pensar agora no que se vai passar. Quero esquecer tudo, mas sei que nada desaparece assim da minha cabeça. Sei que vou adormecer com medo de pesadelos contigo. Não sei o que sentir mais sobre isto. Sinto-me tão triste, tão farta de estar triste. Quero tanto ficar bem, mas há sempre qualquer recordação que volta, que me faz voltar atrás à promessa do 'vou ficar bem, confia em mim'. Não sei que escrever mais, estou a divagar já. Quero que fiques longe de mim, isso sim. Quero que não fales comigo, que não olhes pra mim. Quero que tenhas a tua vida, e que durante uns tempos a aprendas a viver sem mim. Tal como eu irei fazer.