Não tenho vindo aqui. Não tenho querido ficar triste, pelo menos mais do que tenho estado. Ou melhor, tem dias. Há dias em que acordo com vontade de levar tudo à frente, outros em que me apetece dizer a toda a gente que gosto delas e pra serem felizes. Às vezes gosto de estar sozinha com os meus pensamentos, assim acho que as coisas correm melhor, e vão sempre correr bem assim. Sinto que se estiver quieta no meu canto, com os meus pensamentos e tristeza, o resto do mundo está sempre bem. Estou um pouco cansada de sair sempre magoada de "relações". E as aspas dizem tudo sobre essas relações. Há coisas que nunca tinha passado que passei-as agora, e não queria, porque bloquiei e não sei como reagir, não sei como as solucionar. Se a minha cabeça já era o maior labirinto, agora então não sei. E no outro dia a minha mãe disse-me que iremos sempre acabar com o mesmo tipo de pessoa no final das contas, e eu penso 'então porquê esforçar-me pra tentar encontrar alguém diferente?' Pra nada, porque se é assim, vou sempre ser enganada, vou ser sempre magoada, seja muito ou pouco, mas sou sempre eu que vou acabar mal. Mas a minha vida não se resume a isso. Não pode ser só isso, e aliás, nunca fui desesperada por coisas assim. Gostava de ter alguém a meu lado, mas quem é que não gostava? Bem. Ultimamente sinto-me um pouco sozinha. Mas não sei porquê. Mas é mesmo aquela sensação de estar no meio de 100 pessoas, e sentir que nem uma dela quer saber ou gosta de mim. Nem é bem isso. É mesmo sentir-me sozinha. Sentir que todos os dias peço ajuda mesmo sem falar e ninguém é capaz de decifrar isso. Eu faço isso com os outros, porque é que não há ninguém que o faça? Mas aprendi que o esforço e a dedicação e o carinho que damos aos outros, não quer obrigatoriamente dizer, que recebamos tudo isso de volta. As pessoas acham que têm de receber e não têm nunca que dar. E isso é triste. As pessoas são egoístas. E cada vez mais isso se percebe.