terça-feira, 17 de dezembro de 2013

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Há dias em que me sinto completamente acabada. Que sinto-me completamente impotente e sem forças pra me levantar de manhã. Há dias em que acordo e pego no telemóvel pronta pra te acordar, e depois lembro-me, que provavelmente tens outra pessoa que o faça agora. Há dias em que esqueço-me que isto aconteceu, desejo que seja tudo um pesadelo, e belisco-me. E não. É verdade. Aconteceu e está a acontecer. Disseste que não me deixavas, e faltaste à tua promessa. Também sei que faltei a uma promessa pelo menos duas vezes, mas tu sabes o porquê. Mas nunca desisti de ti, de nós. Merecia no mínimo, uma oportunidade. Tu achaste por bem não dá-la. E continuar com a tua vida sem mim. Quando antes dizias que não serias nada de me perdesses. Afinal és. E és feliz. E agora eu pergunto-me: o que sentias era a sério? O que dizias sentias mesmo? As promessas, pretendias mesmo cumprir? Sei que estou aqui com vontade de deixar cair as lágrimas, e não quero. Porque quem o fazia antes és tu. Quem me limpava as lágrimas eras tu. E quem me punha a sorrir, a dizer que ia tudo ficar bem, eras tu. Agora não tenho ninguém que o faça. E é suposto aguentar-me sozinha? Tudo bem. Mas lembra-te que nunca te deixei sozinho. Nunca te deixei pra trás. Caminhei a teu lado durante quase 4 meses sem nunca me arrepender de nada. Sempre quis o melhor pra ti, e pra mim, estares feliz era a minha prioridade. Se alguma coisa estivesse mal, pra mim, eu era a culpada, ponto. Tenho precisado tanto de ti. E vejo-me sozinha. Vejo que a pessoa que dizia que eu era a certa, me virou as costas. Não sei, já paraste 5 minutos e pensaste no quanto dói? No quanto custa? Vais-me odiar por dizer isto, mas põe-te no meu lugar, por 5 minutos que sejam. Pronto, já caíram. Está tudo estragado. Ugh, odeio-me tanto por não te conseguir esquecer. Por não conseguir virar a página, por não conseguir dar-te pra trás como tu fazes. Por não conseguir sair da tua vida com a facilidade que tu tiveste pra sair da minha. E pronto, já está aqui aquela dor na garganta, e no peito. Sabias que há noites que não durmo? Alturas do dia que não como? Vezes que não me rio? Que não tenho vontade de sorrir pra ninguém? Que já não me interessa se as pessoas estão bem ou mal? Pois é. Eu também estou mal e foram poucas as pessoas que quiseram saber, e as que quiseram acham que já estou bem, e que me passou. Mas não. Dói. Com a mesma intensidade. Ainda hoje, dou por mim a lembrar-me das tuas palavras naquele dia. E do quanto tu choraste ao pé de mim. E lembro-me de tudo ao pormenor. Se doeu naquela altura, achas que se me lembro de isso, pelo menos uma vez por dia, dói menos? Não, até parece que dói mais. Lembro-me de cada palavra como se me as tivesse a dizer todas aqui, agora, à minha frente. Lembro-me de tudo o que me dizias, que eu achava ser verdade. Lembro-me de tudo o que me prometeste. Agora que preciso de ti, como todos os dias, onde estás tu?