sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Pra sempre.



"Sinto tantas saudades. Saudades de te ver a entrar por aquela porta com um sorriso no rosto, com o brilho nos olhos que eu tanto conhecia. Saudades de te sentir a chegar perto de mim. Saudades de quando me davas a mão ou me agarravas perto de outras pessoas, com cheirinho a "protejo-te sempre, és minha". Saudades de te sentir a agarrar-me, pronto a dar-me mimos. Saudades de te ver a fazer de tudo pra estares mais tempo comigo, senão ameaçarias que ficavas triste. Saudades de me quereres contigo por perto todos os dias da tua vida. Saudades de te ouvir a sussurrar no meu ouvido que sou tudo aquilo que sempre quiseste, que te apaixona(va)s por mim todos os dias, que não vivias sem mim. Saudades de sentir que era a melhor coisa que tinha acontecido a ambos. Saudades de sentir que era mesmo desta que iria ser feliz. Saudades de sentir que quando dizias que nunca me irias deixar era verdade, e que ficarias comigo contra tudo e todos. Saudades de me sentir capaz de tudo, até do impossível, porque te tinha a meu lado. Saudades de te abraçar. Saudades de quando desabafavas comigo, e quem te limpava as lágrimas era eu. Saudades de saberes sempre do que precisava e quando. Saudades de saberes quando é que precisava dum abraço e não dizia, de quando queria que me dissesses que me amavas e não dizia. Saudades de seres o único a fazer-me rir quando queria chorar. Saudades de te ver a sorrir pra mim. Saudades de olhar pra ti e de já estares a olhar pra mim com cara de quem estava super orgulhoso. Saudades de sentir que nada nos iria separar. Saudades de só ser capaz de desabafar contigo, de sentir que estavas ao meu lado pra sempre. Saudades que fosses tu a limpar-me todas as lágrimas, e quando não limpavas, vinhas a correr a impedir que caísse. Houve coisas que aconteceram, que se não te tivesse do meu lado, provavelmente não teria aguentado. Se há alguma razão porque ainda não cometi nenhuma loucura, foi porque sempre me disseste que seria forte o suficiente pra aguentar tudo. Que acreditavas em mim, e que te chateavas comigo se estivesse a chorar ou se estivesse mal. Então vem. Chateia-te comigo. Lê os meus olhos como fazias, e entende que estou um caco, e ninguém é capaz de me salvar, nem mesmo tu. Faz o que tu quiseres, mas eu preciso tanto de ti. Mas, sei que tudo isto não passa dum desabafo, que ninguém vai ligar, e não há nada que eu possa fazer pra tu perceberes o que sinto. E no meio disto tudo, a coisa que mais quero mesmo, é ver-te feliz. Com ou sem mim. Mas não me peças mais pra acreditar nas tuas palavras. Porque acreditei, e fizeste-me acreditar e apoiar nelas. E no entanto, à primeira dificuldade, viraste as costas."